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Foto do escritorLilian Corrêa

Vínculos Vivos: A dança encantadora das pessoas que moldam nossa jornada

Atualizado: 20 de jun.

Esses dias recebi uma mensagem (de WhatsApp) de uma pessoa que conheço há mais de 10 anos e que tenho uma relação marcada por consideração e afeto especial. Ao longo dos anos, acompanhei diversas fases de sua jornada, oferecendo palavras de incentivo e apoio nos momentos desafiadores. Recentemente, ela enfrentou a perda do pai, com quem teve conflitos e cortou relações.

A conversa inicial era sobre significados de sonhos (acredito firmemente que eles são mensageiros poderosos) e ela quis compartilhar um deles comigo (inclusive em um anterior a este, eu estava até presente). Percebi que ela estava com várias dúvidas e incertezas em relação à vida e sua trajetória. Além da perda do pai, ela terminou um relacionamento longo, então a fase de mudanças dela está sendo bem intensa.

Em um determinado momento da conversa, ela me perguntou: - "Você é minha amiga?" Parei por alguns segundos e fiquei muda (na escrita), sem saber o que responder ou até mesmo o que ela estava pensando com relação à mim. Naquele momento não interpretei mal o que ela me perguntou, a certeza que eu tinha de que ela me considerar uma amiga se transformou em dúvida e refleti em como respondê-la...

Minha resposta foi:

"Bom, eu considero uma amiga alguém que é sincera comigo e que de alguma forma me ajuda a evoluir, me fazendo pensar, ao invés de me dar respostas prontas ou de criticar minhas escolhas e decisões.

Eu acredito ser assim com você, então da minha parte, me considero sua amiga. Agora, não sei o que pensa em relação a isso rs." A resposta dela foi: "Não sei... você parece mais que uma amiga para mim, uma parente, quase. Desculpe se me expressei errado." A conversa foi tomando outros rumos e eu falei sobre alguns aprendizados que tive e que tenho tido com o decorrer dos anos...

Ao longo da vida, cada pessoa que entra ou sai de nossa jornada nos ensina, transforma e comove de maneiras únicas. As que se vão, deixam marcas, as que ficam nos ajudam a seguir. E numa classificação de pessoas boas e ruins posso dizer que TODAS tem a sua importância em nossa trajetória.

Se pensar em pelo menos 5 pessoas que permaneceram em sua vida por pelo menos 10 anos (e que você pode contar com elas mesmo à distância), você precisa levar em consideração esse relacionamento e pensar no fato de que você tem um(a) amigo(a), ou 5.

As que se foram ou que pensamos ter sido ruins conosco, não são de fato ruins porque são elas que abrem nossos olhos para o mundo, são elas que nos tiram da nossa zona de conforto e que nos fazem experimentar a raiva, a sensação de incompetência, humilhação e outros sentimentos que podem nos destruir de dentro para fora. Mas são esses sentimentos que mais nos ensinam.

E para cada rasteira, golpe ou sofrimento, entre muitos outros aprendizados que possam vir agregados aos fatos, um deles é certo: se você usar e canalizar esses sentimentos em prol de uma "volta por cima", sem prejudicar ninguém, você estará a um passo de uma grande vitória e talvez do maior projeto de sua vida. Sem contar na sensação indescritível de superação e poder, porque sim, nós podemos tudo o que queremos (e os nossos sentimentos são fontes inesgotáveis de poder, principalmente quando utilizados para o bem. Como a fé, eles movem montanhas).

Não posso deixar de mencionar aquelas pessoas que nos acompanham há anos, ou que "pegam o bonde andando e entram pela janelinha" e que só Deus sabe de onde surgem, mas que no momento certo nos ajudam até mesmo através de uma boa sacudida.


TODOS fazemos parte da dança de vínculos vivos, influenciando e sendo inspiração para outros. Sim, você é a inspiração de alguém! E acredito que, ao compartilhar nossas experiências, podemos ajudar pessoas a se encontrarem ou encontrar uma maneira melhor de lidar com determinadas situações. Ao fazer isso, deixamos uma marca positiva no mundo, mostrando que não estamos dançando sozinhos e nem estamos "dançando" só por dançar.


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